17.12.10
24.11.10
pontadas no apêndice
Mal consigo enxergar o teclado ou a tela do computador, agora. Nem minhas próprias mãos, trêmulas, conseguem cessar o chorar, agora. Deus sabe que hoje eu queria (precisava) ler extamente aquilo, aquilo que você escreveu, e se não foi ele só pode ter sido o Diabo na tentativa de me socar ainda mais a cara. Deu certo, os dois me trouxeram ao lugar certo, e como eu queria levantar agora dessa cadeira e ir até aí te pedir um colo e um copo com água. Dois minutos de silêncio. Eu aprendi a dosar certas coisas, como o pó de café no filtro melita. Tenho sentido medo de dormir com a porta aberta, tenho tido pesadelos e tô viciada em criar histórias quais não consigo botar no papel. E você entende tudo isso, né Dri? Você entende quando eu digo que tô morrendo de vergonha e que meus ataques de cólera são tão malucos e angelicais quanto todo o resto do que eu digo, penso, mastigo e cuspo, não entende? Eu acho salto de verniz vermelho a coisa mais linda do mundo, no seu pé, e acho que os teus cachos deveriam ser proibidos porque depois de encará-los é impossível escapar. Eu não lembro como foi que isso aconteceu, e acho até que acontece toda vez que eu te vejo e lembro de uma frase do Caio F. que é mais ou menos "cada um tem seus processos... você precisa entender os seus" e eu não lembro como foi que isso começou. Eu te amo. Ontem, você sacou tudo, me olhou e riu, eu chorava de raiva, você também, por isso a gente rachou o bico. Me perguntou porque eu brigava tanto com o passado e eu disse que se soubesse te contava só pra gente fazer alguma piada, poque eu tava precisando tanto de uma, bem naquela hora. Eu te disse na frente do espelho que nós duas sofremos da mesma dádiva (pra não repetir a palavra loucura o tempo todo), rachamos o bico e talvez abrimos mais uma fenda no tal muro de nossas lamentações. Porra, eu achei que tava no meu melhor disfarce, daí você se aproximou com o riso rasgado e me pergunto aquilo, sobre aquela raiva que eu tava tentando esconder (mentira, tava nada, você percebeu isso também) chutando lata no escuro.
Rachamos o bico! Espero que seja pra sempre assim.
23.11.10
É HOJE >> E É OBRIGATÓRIO:
Nosso assessor de imprensa Ademir Muniz veio com essa "é muito bom ver um projeto que sai do papel, ou nesse caso, vai pro papel!"
É isso.
*
Coquetel de lançamento do livro “Os tiros vêm do paraíso” + festa de “inauguração” da Panelinha Books
dia 23 de novembro de 2010, terça-feira (HOJE)
20hs
Club Noir (r. augusta, 331)
entrada franca
preço do livro: R$ 10,00*
*preço promocional apenas para o dia do lançamento
E eu queria poder escrever agora tudo que penso e sinto quando leio os poemas dessa minha Amiga, mas me calo, e abro num sorriso tudo quanto importa no dia de hoje: alegria!
Parabéns Luana, eu sou sua fã!
6.11.10
27.10.10
23 de Novembro - no Club Noir
Anotem: será dia 23 de novembro, no Club Noir, às 20h."
5.10.10
28.8.10
19.8.10
as minhas descrições
2.8.10
28.7.10
22.7.10
sabíamos
8.7.10
Aê Pagoto!
Lançamento do CD - Velhos Bêbados Barrigudos Tocadores de Blues
Hoje, às 18h30 - Amanhã, às 12h30
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Rua Vergueiro, 1.000, Paraíso - Sala Adoniran Barbosa
Tel. (011) 3397-4002
Grátis!
3.7.10
ps.
1.7.10
27.6.10
17.6.10
tá tudo bem
29.5.10
então saímos de casa planejando um passeio pelas ruas do bairro, já passava das onze, o jornal tinha sido uma merda como tem sido ha algum tempo, tínhamos cupons pra comer uma pizza, comemos. descemos a rua lateral, nós é que demos nome a essa rua, lateral, porque quando voltamos pela madrugada, trôpegos, damos nomes as coisas e aos lugares, é sempre a mesma coisa. eu andando dois passos atrás, fumando o cigarro até a bituca, olhando mais pro chão do que pra ela. ela falando sobre quase todas as coisas do mundo, gracejando, olhando pros meus pés e pra minha cara, andando sempre um pouco mais depressa que eu, pra evitar que nossas mãos fiquem muito próximas. sábado de noite, carros com famílias indo e vindo, namorados aproveitando sombras noturnas e beijos nervosos, cachorros, neblina. um bar logo a frente, entramos. sentamos numa mesa de três cadeiras acolchoadas. tinha música, tinha cerveja gelada e eu estava me sentindo bem, ali com ela e aqueles botões audaciosos da sua blusa.
gosto de sangue na minha boca. esse quarto revirado, cena de partida, silêncio. um trago no cigarro com um gemido de dor, acho que me atropelaram, um guinú enfurecido e não sei porque penso num guinú de camisa flanela, xadrez como um tabuleiro de jogos, copos arremessados, o garçom segurando meus pulsos, o olhar assustado que ela jogou pra cima de mim. acabo de me lembrar o nome do guinú, e de lembrar da cena inteira em que ele enlaçava a cintura dela, que sorria, que dançava, que sorvia goles de cerveja sem culpa, sem perceber quando me levantei desequilibrado e falei sobre suas manias e despejei uma caneca de ciúmes sobre seus cabelos. o bar fervia pois ainda era cedo pra noite se cansar. seguramos um no braço do outro e ela me lançou aquele olhar de quem me mataria naquele exato segundo se pudesse. entramos numa farmácia vinte e quatro horas, ela pediu água oxigenada e esparadrapo e uma gaze. eu fiquei olhando comisinhas, todo tipo de camisinha, antes era só pedir um pacote de camisinhas e trepar, agora te perguntam até o sabor, e ninguém trepa como antes também. o atendente olhou dentro do decote dela, me aproximei e fechei o botão da blusa sorrindo, e voltei pras camisinhas, o atendente entregou o que ela pediu e ela me pediu a grana, eu falei pra ela que camisinha agora é preservativo e tem cheiro de pasta de dente, ela soltou um vai se foder indiferente e enfiou o troco no bolso do jeans. daí eu olhei pra sua bunda, uma bunda empinada, redonda, uma bunda pequena. eu me apaixonei por aquela bunda e por todas as noites quando ela se virava de costas e se espremia em mim, ela se ajeitava e dormia enquanto passava boas horas bolinando sua bunda pequena. sentamos na calçada da farmácia e ela enrrolou os cabelos molhados de cerveja e prendeu no alto. eu perguntei porque estava tão brava e ela não respondeu, apenas derramou água oxigenada na minha cara e nas minhas mãos que sangravam e fez um curativo. ficamos um bom tempo sentados ali, em silêncio, ela começou a chorar. eu sabia que as coisas não estavam bem pra nós, mas eu queria que ela soubesse que eu a amava e eu soltei seus cabelos e os beijei, ela soluçava. acendi um cigarro e ela me acompanhou, ficamos fumando idéias silenciosas.
você sempre faz isso, você é um puto fodido
e aquele viado queria o que, minha putinha?
eu quero beber umas cervejas, meu cabelo tá grudento, vou gastar seu dinheiro com cervejas
tem um bar aqui perto, prometo me comportar mamãe - eu disse repetindo uma brincadeira iditoa que sempre fazia ela sorrir.
ela sorriu e se levantou e me ajudou a me levantar. beijei seus lábios. entramos em outro bar e não tinha música, ela se debruçou no balcão e perguntou se podia usar o banheiro, o cara no balcão apontou pra uma portinha no final de um corredor. ela segurou minha mão com cuidado pra não desfazer o curativo, eu pedi uma cerveja pra cada e ela foi andando rindo baixinho como uma louca. entramos no banheiro feminino e ela se sentou num balcão pequeno ao lado da pia, seu rosto já não era tão jovem mas muito bonito, e seu jeito de falar e gesticular e rir e seu jeito todo era uma coisa insuportávelmente bonita. eu pedi desculpas e antes que eu tivesse terminado algum tipo de explicação ela enfiou a língua dentro da minha boca e abriu meu zíper. saímos do banheiro quando alguém bateu na porta. pegamos nossas cervejas e sentamos no balcão. ela ficou roendo unhas e fazendo círculos invisíveis sobre o balcão com a ponta dos dedos roídos. saí pra fumar um cigarro. lembrei de quando a conheci. pensei nas coisas que mudam o tempo todo, nas dificuldades pra voltar atrás e pra seguir em frente, nos preços das coisas nos supermercados, nos anúncios de emprego e nas falcatruas políticas, eu passaria o resto da noite parado ali enquanto poucos carros passavam e as pessoas iam pra algum lugar fazer coisas incríveis como todos nós deveríamos fazer, a noite merece ser boa, e os postes piscavam, falhavam, a luz amarelada refletia nos retorvisores e era como um piscar de olhos pra mim, a noite me seduzia.
quando voltei ela continuava com seus círculos e me dise que tinha muito medo de não ficar velha no tempo certo, como se as coisas tivessem que acontecer a todo instante e ela estivesse perdendo tempo. eu entendi. eu disse que pra ficarmos velhos era só sentar numa poltrona confortável e esticar a pernas e esperar a velhice chegar, eu que não tenho planos e não queria entrar naquela ferida que ela tava querendo rasgar ainda mais. ela perguntou se eu queria outra cerveja e me pediu dinheiro pra mais duas que mandamos ver rapidamente, quase de uma vez só, era o último trago de nossas vidas. porque a vida seria outra e ela seria outra e eu não queria saber daquilo.
pego minhas coisas amanhã a noite, e você se cuida, né?
pode dormir lá quando quiser, você sabe que eu penso em tantas coisas...
fiquei sozinho esperando o som da porta do bar as minhas costas, aquela poeirinha de melancolia caindo devagar e sumindo. o cara no balcão me ofereceu um trago de algo que ele bebia escondido do patrão, conversamos sobre as mulheres e eu disse que nunca vou saber nada delas e que por isso não vou enlouquecer. ele me mostrou uma fotografia de uma garotinha no colo de uma moça loira, eram suas mulheres. e eu saí de lá com um vento solitário que batia na minha cara e que daria um blues, um tipo de despedida. caminhei contando os passos e contando o dinheiro que sobrou e numa esquina ouvi uns gemidos e passos e o guinú veio pra cima de mim numa velocidade incrível.
lembro de chegar em casa horas depois. acho que desmaiei. alguém me colocou na cama. alguém que arrumou malas e problemas enquanto eu dormia. e foi embora.
pensei em Deus, e ele criou as mulheres pra que não perdessemos a fé, e então nos fodemos, todos. quando conseguir me levantar daqui volto naquela farmácia pra perguntar pra rapazinho tarado se alguém realmente compra todo tipo daquelas camisinhas e se ele pensa em Deus e no diabo e se ele tem idéia de quanto tempo temos até ficarmos velhos no tempo certo.
28.5.10
depois de um tempo...
27.5.10
eu te amo
Ah, se ao te conhecer
Se nós nas travessuras das noites eternas
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Como, se na desordem do armário embutido
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Não, acho que estás te fazendo de tonta
saímos de casa planejando um passeio pelas ruas do bairro, já passava das onze, o jornal tinha sido uma merda como tem sido ha algum tempo, tínhamos cupons pra comer uma pizza, comemos. descemos a rua lateral, nós é que demos nome a essa rua, lateral, porque quando voltamos pela madrugada, trôpegos, damos nomes as coisas e aos lugares, é sempre a mesma coisa. eu andando dois passos atrás, fumando o cigarro até a bituca, olhando mais pro chão do que pra ela. ela falando sobre quase todas as coisas do mundo, gracejando, olhando pros meus pés e pra minha cara, andando sempre um pouco mais depressa que eu, pra evitar que nossas mãos fiquem muito próximas. sábado de noite, carros com famílias indo e vindo, namorados aproveitando sombras noturnas e beijos nervosos, cachorros, neblina. um bar logo a frente, entramos. sentamos numa mesa de três cadeiras acolchoadas. tinha música, tinha cerveja gelada e eu estava me sentindo bem, ali com ela e aqueles botões audaciosos da sua blusa.
gosto de sangue na minha boca. esse quarto revirado, cena de partida, silêncio. um trago no cigarro com um gemido de dor, acho que me atropelaram, um guinú enfurecido e não sei porque penso num guinú de camisa flanela, xadrez como um tabuleiro de jogos, copos arremessados, o garçom segurando meus pulsos, o olhar assustado que ela jogou pra cima de mim. acabo de me lembrar o nome do guinú, e de lembrar da cena inteira em que ele enlaçava a cintura dela, que sorria, que dançava, que sorvia goles de cerveja sem culpa, sem perceber quando me levantei desequilibrado e falei sobre suas manias e despejei uma caneca de ciúmes sobre seus cabelos. o bar fervia pois ainda era cedo pra noite se cansar. seguramos um no braço do outro e ela me lançou aquele olhar de quem me mataria naquele exato segundo se pudesse. entramos numa farmácia vinte e quatro horas, ela pediu água oxigenada e esparadrapo e uma gaze. eu fiquei olhando comisinhas, todo tipo de camisinha, antes era só pedir um pacote de camisinhas e trepar, agora te perguntam até o sabor, e ninguém trepa como antes também. o atendente olhou dentro do decote dela, me aproximei e fechei o botão da blusa sorrindo, e voltei pras camisinhas, o atendente entregou o que ela pediu e ela me pediu a grana, eu falei pra ela que camisinha agora é preservativo e tem cheiro de pasta de dente, ela soltou um vai se foder indiferente e enfiou o troco no bolso do jeans. daí eu olhei pra sua bunda, uma bunda empinada, redonda, uma bunda pequena. eu me apaixonei por aquela bunda e por todas as noites quando ela se virava de costas e se espremia em mim, ela se ajeitava e dormia enquanto passava boas horas bolinando sua bunda pequena. sentamos na calçada da farmácia e ela enrrolou os cabelos molhados de cerveja e prendeu no alto. eu perguntei porque estava tão brava e ela não respondeu, apenas derramou água oxigenada na minha cara e nas minhas mãos que sangravam e fez um curativo. ficamos um bom tempo sentados ali, em silêncio, ela começou a chorar. eu sabia que as coisas não estavam bem pra nós, mas eu queria que ela soubesse que eu a amava e eu soltei seus cabelos e os beijei, ela soluçava. acendi um cigarro e ela me acompanhou, ficamos fumando idéias silenciosas.
você sempre faz isso, você é um puto fodido
e aquele viado queria o que, minha putinha?
eu quero beber umas cervejas, meu cabelo tá grudento, vou gastar seu dinheiro com cervejas
21.5.10
uma menina geminiana
20.5.10
David Goodis
Li esse trecho no blog do Fabio, eu parei de respirar na hora, isso sempre acontece quando leio coisas que poderiam ser tiradas das lembranças dos últimos meses, o meu pulmão endureceu e parou de inflar. Só uma pessoa vai entender o lance com o meu pulmão, extamente como aconteceu no domingo quando quase caí naquele buraco imenso, deu uma alegria doída pensar naquilo posando na sombra, a minha mão tava suando, não foi exagero, foi reconhecimento (daquilo - eu - que tava ficando pra trás). Hoje, quando eu acordei, abri o olho bem devagarinho com medo de alguma coisa ter mudado, e tudo estava lá, e as coisas ainda estão tortuosas, mas estão aqui dentro, a dor não consegue me enganar. Não foi um trato, foi um recomeço, e foi diferente.
pela manhã
18.5.10
Descanse em Paz
13.5.10
5.5.10
22.4.10
Charles Bukowski
se você for tentar, vá até o
fim.
senão, nem comece
se você for tentar, vá até o
fim. isso pode ser perder namoradas,
esposas, parentes, empregos e
talvez sua cabeça
vá até o fim . isso pode ser não comer por 3 ou
4 dias.
pode ser congelar em um
banco da praça.
pode ser cadeia,
poder ser o ridículo,
chacota,
isolamento.
isolamento é a benção.
todo o resto é um teste na sua
resistência, de
quanto você realmente quer
fazer aquilo.
e você vai fazer
independente da rejeição
e das piores dificuldades
e será melhor do que
qualquer outra coisa
que você possa imaginar
se você for tentar,
vá até o fim.
não existe outra coisa que vá te fazer sentir,
isso. você estará sozinho com os
deuses
e as noites se inflamarão em
chamas.
faça. faça. faça,
faça.
até o fim.
até o fim.
você guiará sua vida direto para
o riso perfeito, é a única boa briga
que existe.
19.4.10
oi!
ALÔ???
vamos ficar nisso até quando?
geralmente respondem com uma apresentação...
viu o recado?
ouvi
e?
ouvi, já disse
então estava esperando que eu ligasse
não, eu queria que ligasse, mas não fico esperando por isso como se acreditasse mesmo nisso
vai começar a dizer que eu tô sempre errado, não vai?
você tirou de mim esse oficio, eu não comecei nada dessa vez
e agora?
você me ligou, e eu tô tentando fingir que tô indiferente, mas você me conhece até ao avesso, não é?
é
e vai me pedir desculpas?
...
quando sai o seu ônibus?
hoje a noite
ja é de noite
depois das onze, só
então ainda não é noite pra você?
é, mas ainda não é noite de verdade
tô com fome
hum...
você disse, no recado, que ligaria ontem, mas eu sabia que não ia ligar, porque me daria tempo de descobrir seus horários sem precisar te perguntar e iria me despedir na rodoviária
você faria isso isso, mas eu disse no recado que partiria hoje, eu disse até o número do código de barras da minha passagem
você não disse
falei sobre saudade, no final, você desligou rápido, então?
...
vai comer o que?
pipoca, com catchup
você sabia que eu ligaria, e ficou esperando ao lado do telefone, e não comeu nada até agora por ansiedade?
me pegou
sério?
peguei você!
volto em quinza dias
mentiroso
volto em quinze dias, quer apostar?
você não paga as apostas, tá me devendo a outra ainda
se eu voltar, deixamos elas-por-elas então
se?
não posso criar um suspense?
você é ruim pra isso
fica mal educada quando está com fome?
hahaha!
adoro essa risada...
volta mesmo, né?
em quinze dias
ainda não comi nada, e se eu ficar doente?
se ficar doente não queira me encontrar, tenho nojo de nariz escorrendo, e essas coisas
covarde
manhosa
eu posso ficar manhosa, eu vou ficar aqui sozinha, me deixa em paz
não vai, eu te ligo, mando e-mail, se quiser tento me materializar todas as noites pra sua casa
e vamos começar a discutir como loucos
vamos!
sabe a diferença entre algo importante e algo urgente?
a definição correta, do dicionário?
quando algo é urgente precisamos resolver imediatemente, pode causar sérios problemas, mas não nos interessa completamente, falo de urgência como algo que permanece externo... quando algo é importante não precisamos, nem conseguimos, agir só com rapidez, porque é algo que vale tanto a pena, é algo que muda tudo, algo que sai da gente com certo sofrimento, mas é uma coisa estranhamente boa...
você é importante pra mim
volta logo, tá?
come direito! e pára de pensar em tantas coisas ao mesmo tempo, acaba esquecendo de pensar em você
eu sei, vou fazer as coisas de outro jeito
preciso ir, ainda preciso passar uma camisa
e se esquecer o ferro ligado em cima da cama?
não vou esquecer
vai esquecer de mim?
não me lembro de como as coisas eram antes de você...
volta em quinze dias, boa viagem!
um beijo, menina
escuta...
eu que vou dizer isso, mas na volta...
o que falou sobre saudade naquela mensagem?
que sinto falta de algo muito imortante pra mim
tchau
tchau, um beijo!
um beijo de boa viagem!