28.5.10

depois de um tempo...

insanidade retrocede inclusive (e, portanto) escolhas ruins. Não é loucura perder a razão em espaços entre o sentido das coisas, rumos, aquilo que se sonha, quem a gente ama. Não se pode também, por arriscar todas as fichas em alguma coisa parecida com destino, repetir erros velhos. Perdas não justificam danos. Esqueça, as vezes a gente precisa de muito mais que feridas pra entender o ódio, e a raiva. Algumas pessoas nunca vão entender. Admitir um ato falho é difícil, cair no labirinto das mil explicações do que é certo ou errado, debilmente, não. A certa altura, e tão somente a longo prazo, começamos a calcular o que pode ter quebrado, torcido, fundido, o que pode ter dado errado. Céus, não! Aposte uma última ficha se tiver coragem, jogue a porra da consciência ao alto! As vezes aquilo que nos escapa, TUDO aquilo que ninguém mais vai saber descrever, mastigar, aquilo nosso e de mais ninguém em lugar nenhum, entende? Aquele negócio amargo, um fardo, aquela gosma que a gente enfia nos bolsos timidamente, com alegria, aquele negócio que deixa a gente doente mas que também cura uma porrada de doenças que a alma vai sugando pelo caminho, alguns falam de amor, e continuam pensando em pecados.

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