na primeira vez em que te perdi
andei descalça por 19 quarteirões
meus pés não sangraram mais
que o meu coração
que com o tempo cultivou o dobro de calos
e a metade das bolhas
que aprendi a estourar delicadamente
com a ponta de um alfinete
o líquido que escorre
é o amor
impossível faze-lo caber ali novamente
ali cresce um calo
é preciso inventar outra bolha
para caber o amor
Luana Vignon
3 comentários:
Os calos que resultam de cada amor perdido "calejam" nossas esperanças!
Fabio,
e ainda me restam muitas, mesmo calejadas.
Abraço!
Bonito poema.
Sandra C.
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