13.6.08

olho daqui pra lá onde vejo moleques descalços jogando bolinhas, de gude, em cima do triângulo desenhado com giz, de lousa, e meninas que coçam a cabeça com pressa para entender seus pequenos corpos de onde virão mães como as que vejo apontando a direção que não é a certa e como tem mesmo que ser e olho pra lá esperando finalmente encontrar alguém mais interessante que eu que talvez me diga porque sempre faltam estrelas no céu em cima da minha janela e diga "até amanhã!" mas que não precise voltar amanhã pra ser sincera nisso e olho as bolas de vidro girando naquele triângulo de giz e me fazendo pensar em tantas coisas esquecidas guardadas numa lembrança empoeirada, os moleques desistem do jogo por uma garrafa de tubaína, eu desisti por muito menos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bonito isso, aliás...você também.
Beijo.

Ademir

Klaus disse...

Ademir, gosto quando você está aqui, te amo!

beijo!