5.2.10

estranhos.

Então a gente soma tudo isso e divide por dois. Ou fracionamos, enfiamos números primos na chave e passamos ao segundo problema. E se fosse só isso, fácil assim, era só a gente assumir nossa genialidade com a matemática e desistir do amor. Pronto, você me fez encucar com equações. Logo eu que nunca fui muito bom na matemática, e da física só lembro da professora que tinha uma bunda redonda, linda, que sufocava em vestidos de verão. Verão é muito perto das férias, lembro pouco da professora, menos ainda de você que saiu correndo do ponto de ônibus e embarcou num táxi. Os taxistas são quase íntimos, as vezes deixam a gente no pior lugar do mundo e "boa noite!" seguem a vida cobrando bandeira dois.
Eu queria ser bom em alguma coisa, como os caras que você costuma gostar. Caras que nunca te ligam antes do meio dia, caras com cheiro de calçada do centro, caras que topam qualquer coisa menos levar alguma delas a sério. Se você me quisesse como a esses caras eu até toparia, mas seria uma subtração e eu não entendo nada de matemática, como já te disse. Podíamos namorar em filosofia mas isso ia dar no saco. Você usava pijamas como os que usa agora? Acordava pelada no meio da noite, andando em círculos pelo quarto questionando datas no calendário, pensando em futuro, toalha molhada pendurada no box de vidro? Você já tinha trinta anos quando nasceu, sabia? As mulheres nascem assim. A minha mãe já nasceu assim. Ainda espio por debaixo do lençol pra ver se voltou. Se ainda gostaria que eu deixasse a luz acesa enquanto você joga a roupa por cima da poltrona. Eu queria ser um daqueles caras que você gosta só pra ir embora depois de gozar dentro do seu umbigo, como me contou uma vez e afirmou que foi a coisa mais absurda da sua vida. Porque eu não fui nem absurdo, nem magnífico, eu só te emprestei uns trocados pro táxi. E você não voltou mais.

10 comentários:

Adriana Brunstein disse...

Tim do meu coração, te ensino física se você quiser, porque do resto você já sabe muito. E do que a gente nunca consegue saber a gente segue chutando.
Um beijo enorme.

Anônimo disse...

nhai saudade

Anônimo disse...

Paulinha eu tava tao afim de ler aquele texto que tu leu pra mim e pra Manu la no ape que vcs moravam .vc lembra ? Eu axe muito da hora. tem aqui no blog ?
Vc pode manda pra mim ?
Eu to com tanta saudade ...Procuro fica meio distante desse mundo,da uma vontade muito grande de volta ,saudade de olha pra vc me dizendo oi Greg !A Bianca nos levando pro jardin do eden ,o lingua chegando sempre breaco em casa me mostrando oque escreveu na noite passada o Ayala o baza a helena a Marina todo mundo mew que saudade.Agora nao posso volta mas se um dia eu volta gostaria muito de ver todos de novo ...Por enquanto é isso .ha meu e mail gregory_cabral@hotmail.com

Helena Hutz disse...

adoro te ler.
tu não bota uma fé, adoro.

HH

Klaus disse...

Dri,
á física!
E vamos seguindo cá, indo!
beijo, Tim K.

Oi Greg!
Tá na casa da mãe, né? Coisa boa...
vou procurar aqui o texto e te mando, é o texto que fiz de aniversário pro Ademir.
Beijo!

HH³,
obrigada, querida!
Não é que não boto fé, só fico tímida ás vezes, só isso... adoro te ler também!
beijO

Klaus disse...

Sah,
nahíem! sarahudade aqui também...
te ligo frô!
Beijo

Anônimo disse...

Ensaiando um novo jeito de sofrer foi muito muito muito bom. Vc é super. Adoro teus textos, viajo neles bem pra dentro de mim. bjãozãoo

Klaus disse...

Dani,
poxa, que bom que gostou. E que bom que os leva pras tuas viagens!
Beijo pra ti também!

Fabio Vivas disse...

Olá.....Cursei Física por 2 anos. Como alguém não entende ela....rsrs!

Se me permitir gostaria de fazer uma pequena critica...construtiva espero.

Seus textos (os que eu li) estão repletos de imagens e de bons insights, com mais treino poderia construir contos com jogo de palavras devido a essa multidão de cenas e situações que consegue construir.....

Não obstante me parece que sai escrevendo sem preocupar-se com coesão de idéias....sua preocupação maior aparentemente é destilar seus sentimentos e aflições.

Se direcionar todas essas cenas, imagens e sentimentos pra dentro de personagens e histórias poderá construir texto mais belos.

Do jeito que estão eles atingem várias pessoas (isso é bom), mas tais pessoas pouco provavelmente poderão trocar idéias sobre eles. Está subjetivo demais, não que precise ser objetivo, mas as possibilidades seriam maiores com textos narrativos talvez....

Abraços!

Se dedicasse um pouco mais de tempo para jogar

Klaus disse...

Fabio,
direcionar requer um equilibrio que ainda tô tentando estabelecer, algumas estão na minha vida justamente como o que tenho escrito "sem muita coesão".
Obrigada, pela visita!