24.11.10

pontadas no apêndice

quarta-feira, manhã, um engasgo.

Mal consigo enxergar o teclado ou a tela do computador, agora. Nem minhas próprias mãos, trêmulas, conseguem cessar o chorar, agora. Deus sabe que hoje eu queria (precisava) ler extamente aquilo, aquilo que você escreveu, e se não foi ele só pode ter sido o Diabo na tentativa de me socar ainda mais a cara. Deu certo, os dois me trouxeram ao lugar certo, e como eu queria levantar agora dessa cadeira e ir até aí te pedir um colo e um copo com água. Dois minutos de silêncio. Eu aprendi a dosar certas coisas, como o pó de café no filtro melita. Tenho sentido medo de dormir com a porta aberta, tenho tido pesadelos e tô viciada em criar histórias quais não consigo botar no papel. E você entende tudo isso, né Dri? Você entende quando eu digo que tô morrendo de vergonha e que meus ataques de cólera são tão malucos e angelicais quanto todo o resto do que eu digo, penso, mastigo e cuspo, não entende? Eu acho salto de verniz vermelho a coisa mais linda do mundo, no seu pé, e acho que os teus cachos deveriam ser proibidos porque depois de encará-los é impossível escapar. Eu não lembro como foi que isso aconteceu, e acho até que acontece toda vez que eu te vejo e lembro de uma frase do Caio F. que é mais ou menos "cada um tem seus processos... você precisa entender os seus" e eu não lembro como foi que isso começou. Eu te amo. Ontem, você sacou tudo, me olhou e riu, eu chorava de raiva, você também, por isso a gente rachou o bico. Me perguntou porque eu brigava tanto com o passado e eu disse que se soubesse te contava só pra gente fazer alguma piada, poque eu tava precisando tanto de uma, bem naquela hora. Eu te disse na frente do espelho que nós duas sofremos da mesma dádiva (pra não repetir a palavra loucura o tempo todo), rachamos o bico e talvez abrimos mais uma fenda no tal muro de nossas lamentações. Porra, eu achei que tava no meu melhor disfarce, daí você se aproximou com o riso rasgado e me pergunto aquilo, sobre aquela raiva que eu tava tentando esconder (mentira, tava nada, você percebeu isso também) chutando lata no escuro.
Rachamos o bico! Espero que seja pra sempre assim.

23.11.10

É HOJE >> E É OBRIGATÓRIO:




Palavras da autora/editora:


No dia 23 de novembro, terça-feira, estaremos comemorando o lançamento do meu livro e também o início das atividades da Panelinha Books.


Nosso assessor de imprensa Ademir Muniz veio com essa "é muito bom ver um projeto que sai do papel, ou nesse caso, vai pro papel!"


É isso.

A Panelinha vai jogar tudo no papel, e com responsa.


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Serviço:
Coquetel de lançamento do livro “Os tiros vêm do paraíso” + festa de “inauguração” da Panelinha Books
dia 23 de novembro de 2010, terça-feira
(HOJE)
20hs
Club Noir (r. augusta, 331)
entrada franca
preço do livro: R$ 10,00
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*preço promocional apenas para o dia do lançamento


(Luana Vignon)

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E eu queria poder escrever agora tudo que penso e sinto quando leio os poemas dessa minha Amiga, mas me calo, e abro num sorriso tudo quanto importa no dia de hoje: alegria!

Parabéns Luana, eu sou sua fã!