3.2.09

entrei no cinema e já fui direto pra bilheteria dizendo no nome do filme e pagando e retirando meu bilhete e já fui direto, agora, pra fila das pipocas, aquelas maiores, pedi a grande, coca-cola grande também, um café, paguei, retirei tudo e me encostei no canto olhando pra cara das pessoas. eles têm aqueles sachês de pimenta, é molho de pimenta, e eu enchi minha pipoca com aquilo, e os bolsos, porque nunca dá pra "melar" tudo de uma vez só. tomei meu café deixando a fumaça entrar pelo meu nariz e quase queimando minha língua eu saboreava um daqueles cafés expresso que não lembrariam nunca o café com leite da casa da minha avó Aparecida.

vinte horas, dezessete minutos e tic-tac-tic-tac-tic-tac...

termino meu café, saio de um canto e me encosto noutra parede, encaro outros rostos e dou de cara com o Pinduca, muito bem acompanhado com o Yan e a Naiara, seus filhos, eu vou pra fila da sessão das vinte e trinta e deixo um abraço com o Pinduca!

segunda fila, última poltrona no canto esquerdo, sabia que ninguém ficaria na minha frente, nem perto de mim, todo mundo senta do meio pra trás, fico livre dos risinhos, do barulhinho dos papéis de balas, de zíper descendo, de língua e baba e cof-cof, e aqueles suspiros intraduzíveis.

muito trailer depois...


trilha linda, eu fiquei emocionada, porque música espanhola me deixa assim.

tudo, achei o filme lindo!


saí do cinema cheia de impressões e comentários e com aquela música linda na minha cabeça e precisava tanto de um cigarro e de passos largos e tinha aquela garoa fina...

desci a Augusta sem guarda chuva, acendi um cigarro, mais outro e outro. esbarrei em uma menina amistosa que equilibrava um guarda chuva enorme, ela era muito bonita.

quase entrei num bar pra tomar uma cerveja, ficar jogando fumaça de cigarro pro alto, pensando longe, olhando pra rua... mas continuei andando, apertei mais o passo e fiz sinal na parada do ônibus.

veio devagar uma tristezinha chata, filha da puta mesmo, e ela sentou no banco ao lado e ficou me contando uma porção de histórias.


hoje "o dia amanheceu chovendo e a sauade me contém"